Projeto Ponte Torta confirma reconhecimento na Itália

A quinta edição do Prêmio Domus Internacional, marcada para o dia 6 de abril na Universidade de Ferrara, na Itália, confirmou presença do projeto Ações de Conservação e Zeladoria da Ponte Torta entre as ações reconhecidas oficialmente pela instituição. O dia seguinte vai ser dedicado a uma conferência dentro da Feira Internacional de Restauração.

Desenvolvido a partir de novembro de 2014 pela Prefeitura e pelo Estúdio Sarasá, apontado como prioridade pelo prefeito Pedro Bigardi, o projeto já havia sido escolhido anteriormente como representante estadual de São Paulo no concurso Bernardo Melo Franco, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Ponte Torta passou pelo processo de conservação e zeladoria

Ponte Torta passou pelo processo de conservação e zeladoria

Com forte participação da comunidade na atribuição de seu valor como monumento histórico, o projeto Ponte Torta resgatou sua história como referência da industrialização da cidade no século 19, sendo construída entre 1886 e 1888 com 50 mil tijolos pelo pedreiro italiano Pascoal Scolato. Mas também teve um papel físico e emocional na população ao longo do século 20. Outra marca do projeto foram as tomadas de depoimentos de moradores e os trabalhos em diversos bairros com uma carreta temática que levou o assunto para toda a cidade.

“A convergência entre conservação física e de memória comunitária, que é a base do conceito de zeladoria, foi um avanço nesse tema”, avalia a secretária de Planejamento e Meio Ambiente, Daniela da Camara Sutti.

Lista 
Com uma grande lista de candidaturas de projetos para a menção honorável, a seleção teve maioria de projetos italianos. No campo internacional, além da Ponte Torta representando o Brasil, há apenas uma outra experiência, de Tokushima (no Japão). Da própria Itália entraram o Complexo das “Quattro Coronati” (em Roma), o Campanário do Sino da Catedral de Parma, a Abadia de São Clemente (depois de terremoto, em Pescara), o edifício romano do Museu Arcivescoville (em Ravenna) e a Vila de Koya (em Tokushima).

Também estão presentes casos de medalha de ouro, como o restauro da Igreja da Misericórdia em nome de São João Batista (em Turim), e de medalha de prata, caso do restauro do Teatro Thalia, de Lisboa (Portugal).

“Para nós é importante o evento por causa também da feira realizada lá”, afirma Toninho Sarasá. A equipe envolve ainda Marcelo Ramos, Graziella Giorgi Martin Gomes e as especialistas Flávia Sutelo e Magda Rosa.

No caso do projeto Ponte Torta, em Jundiaí, essa lista abrange ainda técnicos das secretarias de Planejamento e Meio Ambiente, Cultura, de Serviços Públicos e de Educação, moradores de diversos bairros da cidade e artistas, além de especialistas locais ou convidados, que formaram essa construção múltipla para a cidade que é o monumento da Ponte Torta.

Tema de revista
O projeto brasileiro em Jundiaí também vai ser alvo de um espaço na revista Paesaggio Urbano, que está sendo preparada para circular no Salão do Restauro. De acordo com a colaboradora da publicação, Mariana Rolim, “é muito bom encontrar um projeto brasileiro de patrimônio sendo reconhecido na Itália”.

Prefeitura de Jundiaí


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